UPS… CHEGARAM OS 40!
Vá lá…não custa tanto assim. E quanto mais depressa aceitares… menos dói.
Sempre tive receio de chegar aos 40 e tal anos, pois na minha infância sempre que perguntava à minha mãe quantos anos tinham as mulheres que convivíamos ou que conhecíamos, ela dizia:
– 40 e tal anos.
O quê? Fiquei assustada. O modo como se vestiam e falavam de tantas doenças parecia-me que tinham o dobro da idade. Secalhar estou a exagerar, mas ia imaginando que a minha vida ativa estaria terminada quando chegasse aos 40 e tal anos. Socorro…
Os meus 30 e tal anos foram os meus melhores anos a nível de autoestima, autoconfiança e amor próprio. Estava no meu melhor. De repente, chegaram os 40 e custou-me tanto aceitar. Eu que detesto mentir, admito que até ao 43° aniversário comprava as velas para o bolo com o número 39. Que vergonha!
Depois aceitei (que remédio). Afinal, não custa assim tanto. É verdade que os 40 anos trazem dissabores: dor aqui, dor ali, quilos de gordura, estrias, cabelos brancos, morte de familiares ou amigos queridos e divórcio (ou não), e daqui a meia dúzia de anos vem a menopausa. Mas também nos trazem muitas alegrias: mais leveza de espírito, mais amor próprio, mais confiança e aprendemos a saborear os momentos bons de uma forma mais saudável.
Afinal, aos 40 e tal anos, somos mais bonitos (as) e chegamos à conclusão que agora é que estamos a começar a viver com garra. Já nos vestimos melhor e estamos com o corpo mais bem definido (OK que a ginástica, a alimentação equilibrada e os retoques estéticos ajudam muito). Mas não interessa, o importante é que gostamos muito mais de nós e só aceitamos quem nos quer bem.
Atualmente, tenho muito orgulho de dizer, em alto e em bom som, que tenho 46 anos. Sim, tenho 46. E até à data, os 40 e tal estão a ser os melhores anos da minha vida. Sou perfeita? Não, nem faz falta, porque aceito as minhas qualidades e imperfeições com muito gosto e prazer. Vivo cada dia com muita intensidade.
Aos 40 e tal, tenho ao meu lado dois bons aliados que me protegem nos momentos menos bons: a boa disposição e a resistência.
Sejam felizes na infância, na adolescência, aos 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 100.
(Se chegarem aos 100 têm direito a uma entrevista ao jornal municipal ahahah).
Venham mais 40.
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