
Portugal fora da Liga das Nações depois de derrota frente à Espanha

Na noite desta terça-feira, o Estádio Municipal de Braga recebeu o eterno duelo ibérico.
Portugal e Espanha defrontaram-se na jornada seis do grupo 2 da Liga das Nações. Os lusos
precisavam apenas de um empate para seguir em frente na prova, mas acabaram por
consentir a derrota já muito perto do final.
Ao longo do primeiro tempo, a equipa de Fernando Santos foi sendo a mais perigosa, ainda
que se tenha registado um grande número de oportunidades de golo. Ainda assim, o primeiro
lance digno de registo pertenceu aos espanhóis. João Cancelo perdeu o esférico em zona
proibida, mas Sarabia não conseguiu aproveitar a oferta.
Os visitantes dominaram quase sempre os tempos de posse de bola, ainda que essa mesma
posse fosse bastante inofensiva. Portugal, por sua vez, transformava em ataques quase todos
os momentos em que tinha o esférico a ser favor. Num desses momentos, ao minuto 33, Diogo
Jota viu o golo ser-lhe negado por uma grande estirada de Unai Simón. Dez minutos antes, o
guardião do Athletic Bilbao já havia travado um remate de meia distância de Rúben Neves.
Antes do intervalo, Bruno Fernandes ainda fez um grande golo de pé esquerdo, no entanto o
lance já tinha sido interrompido pelo árbitro do encontro. O segundo tempo abriu com nova
oportunidade para a equipa das quinas, com Cristiano Ronaldo a falhar no cara-a-cara contra
Unai Simón. De resto, esta não foi a noite do capitão da seleção nacional, ele que aos 71
permitiu a antecipação de Gaya quando tinha tudo para abrir o ativo.
Portugal estava melhor no jogo, mas à entrada dos últimos 20 minutos foi consecutivamente
baixando no terreno. Desta forma, os portugueses ofereceram aos espanhóis terreno fértil
para fazerem o que melhor sabem: encostar o adversário às cordas e pacientemente tricotar
oportunidades de golo.
Poder-se-á considerar que, por outras palavras, a turma orientada por Fernando Santos se
colocou a jeito para o que viria a acontecer aos 88 minutos. Grande cruzamento de Dani
Carvajal e Nico Williams amorteceu para Morata encostar para o fundo das redes. Por falar em
Nico Williams, destaque para o facto de este ter entrado muito bem no encontro, assim como
Yeremy Pino.
Até final, Ronaldo ainda obrigou Unai Simón a nova defesa, mas o marcador não voltou a
mexer. Para a história, fica o facto de Portugal, pela terceira vez num curto espaço de tempo,
falhar um apuramento em casa quando necessitava apenas de um empate (tal já havia
acontecido frente à França em 2020 e frente à Sérvia em 2021, ainda que, neste segundo caso,
tenha conseguido o apuramento para o Mundial no play-off). Para quem viu o jogo, fica toda a
ideia de que Portugal só se pode queixar de si próprio: numa primeira fase não soube ganhar o
jogo, numa segunda não o quis o ganhar.
Fotografia: FPF
Average Rating