O flagelo dos jacintos de água no Rio Cávado, em Barcelos.
O Jacinto-de-Água (Eichhornia crassipes) é uma das plantas invasoras que mais danos causa na Península Ibérica e, infelizmente, é já uma realidade bem conhecida dos barcelenses.
Algumas fotografias tiradas, este fim-se-semana, revelam-nos um extenso tapete verde que teimosamente persiste, apesar de a limpeza promovida pelo município de Barcelos já ter iniciado, através de um contrato celebrado com vigência de um ano, no valor de 74.500 euros, que visa também a limpeza de outras espécies invasoras, que terá lugar entre a Barragem de Penide até ao limite jusante do concelho de Barcelos.
A proliferação desta espécie invasora não só tem vindo a mudar a paisagem do Rio Cávado, como também é responsável pela carência de oxigénio na água, suspensão de atividades desportivas, perda de várias espécies de fauna aquática nativa, aumento da Eutrofização (processo de poluição de corpos da água), facilitando a reprodução de mosquitos, custos elevados com a limpeza e, consequentemente, imagem negativa para o “postal” de entrada a sul da cidade.
Mitigar este problema envolve enormes investimentos em tecnologia e implementação de diversas medidas de controlo, mas também passa pela sensibilização e envolvimento da população, associações ligadas aos desportos aquáticos, município e juntas de freguesia, para que se desenvolvam projetos de monotorização do rio, limpeza e maior conhecimento das espécies nativas e invasoras presentes no rio Cávado.
Os barcelenses terão assim de se habituar a viver com esta “praga” naquele que é potencialmente um dos maiores ex-libris do concelho.
Saiba mais:
O “jacinto d’água” é uma planta originária da bacia Amazónica, na América do Sul, e distribui-se por cursos de água ricos em substâncias nutritivas. É capaz de formar verdadeiros tapetes sobre a água que cobrem completamente a sua superfície. Segundo um estudo americano, a partir de 10 plantas originam-se 655360 plantas novas em aproximadamente um mês. As sua sementes espalham-se facilmente e permanecem saudáveis até duas décadas.
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