
5 tradições na Páscoa em Portugal que você talvez desconheça.
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Com raízes que remontam a séculos, a Páscoa em Portugal vai muito além dos folares e dos tradicionais votos de “Cristo ressuscitou”. Eis cinco curiosidades que talvez desconheça:
- Compasso fluvial em Fiscal (Amares): em vez de a pé, o compasso parte de barco pelo rio Homem: o pároco, os mordomos e até o fogueteiro atravessam as águas para levar a cruz às margens e abençoar as casas, terminando com o “Juntamento das Cruzes” na capela de Santo António do Pilar.
- Farricocos e fogaréus em Braga: figuras enigmáticas vestidas de túnicas negras e capuzes, cingidas por cordas, percorrem as ruas na Quinta‑feira Santa fazendo soar matracas e transportando fogaréus acesos, memória das antigas procissões de penitência.
- Procissão da Burrinha: também em Braga, no Domingo de Ramos, a imagem de Cristo entra na cidade montada num jumento, evocando a entrada messiânica em Jerusalém e envolvendo fiéis e turistas num cortejo cheio de simbolismos.
- Queima do Judas em Montalegre: ao final da tarde de Sábado Santo, a aldeia ergue um boneco que representa Judas Iscariotes para depois o queimar em praça pública, rito de purificação que afasta o mal e renova a fé dos presentes.
- Bolo monumental no Alentejo: na Segunda‑feira de Páscoa, em Salvaterra do Extremo e Monfortinho, chega‑se a reunir mais de mil quilos de carne de ovinos e caprinos, arroz, chanfana, pão, vinho e sopa de grão, num banquete público que celebra a fraternidade e a abundância.
Estas tradições mostram como a Páscoa em Portugal se vive de Norte a Sul, misturando devoção, folclore e convívio popular num mosaico cultural único.
Fotografia: CM Amares
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